13 julho 2009

Me

Leia-me como se eu fosse a última letra
Ouça-me como se eu fosse a última voz
Talvez eu seja enfim
Grave-me como se eu fosse uma recordação
Toque-me como se houvesse do em mi
Talvez não haja dó em mim

Só não tente explicar
Tudo aquilo que ninguém pode entender
Mostre apenas o que você vê
Só não tente entender
Tudo aquilo que ninguém pode explicar
Talvez não valha a pena

Olha-me como se eu se eu fosse um novo aluno
Mostre-me que tudo está por se provar
Prove-me que nada disso é real
Lembre-me de ir embora assim que acabar
Deixa-me seguir que só assim eu chego lá
Lembre-se de mim enquanto eu estiver aqui

Só não tente explicar
Tudo aquilo que ninguém pode entender
Mostre apenas o que você vê
Só não tente entender
Tudo aquilo que ninguém pode explicar
Talvez não valha a pena


E não: não é um título em inglês.

Eu e meus diversos eus estão , dentro desta letra, sem meias palavras, mas sem egocentrismo.
Sou apenas o
objeto da música. E sempre o serei.

E foi bem
irônico o fato de postar essa música bem no fim de uma semana em que eu percebi o quanto eu estava me "superexpondo" (a nova regra ortográfica do português ainda me deixa careca). Então eu decidi construir o muro que eu demorei tanto para derrubar, pelo simples fato de poder assim me proteger...
Mas,
me proteger de quê? Acho muito mais fácil, ainda que menos prático, carregar comigo um escudo e saber usá-lo na hora exata e necessária.
Com isso, apenas
terminarei de construir o muro como forma de aprendizado, com cada bloco colocado com cuidado. E não vou destrui-lo de uma vez, e sim desconstrui-lo, aos poucos, sabendo retirar com cada bloco um mal desnecessário.

E já que estamos falando do que eu
sou, ou da única coisa que eu sei que sou... Feliz Dia Mundial do Rock pra vocês!


*Ouvindo:
Reversi - Me