16 agosto 2009

Sol


Vou sair daqui
Nada vai me impedir de estar ali
Salvo e são
Acordo de um sonho ruim que me prende ao chão
Vou ao céu
Quero esquecer que o céu é um só,tão vazio
Ver o sol
Pego minhas coisas e rumo pra onde eu queria estar

Tomo o rumo que eu mesmo escolhi pra mim
Sigo o caminho que me leve ao meu próprio sol

Flutuando
Não quero sentir o que eu deixei pra trás me segurar
Nuvens me cercam
Eu quase posso tocá-las com as minhas mãos
Não me espere aqui
Pego carona nas próprias asas que eu criei
E parto, enfim
É o parto o que dói, e farto eu chego ao fim

Tomo o rumo que eu mesmo escolhi pra mim
Sigo o caminho que me leve ao meu próprio sol
Quero chegar tão perto que eu possa me sentir vivo, enfim
Mesmo que minhas asas brancas se tornem cinzas.



Sem muito mais a dizer/escrever. Termino as postagens das letras já musicadas da minha banda - Reversi - após uma semana, um mês, um ano e uma vida inteira levantando vôo em busca dessa estrela tão maior que nos ilumina e que somente derrete as asas daqueles que as criam artificialmente.
Pois quando os sonhos se tornam reais, por mais que o resultado lá no alto saia diferente do que a gente queria, pelo menos não deixamos de tentar voar e chegar perto por sermos covardes ou termos coragem demais.

E assim se fecha mais um daqueles ciclos, onde crescemos, renascemos, renovamos forças e sentimentos, e encaramos a próxima jornada com olhos, mente e coração mais puros e apurados, mais calejados e ainda assim abertos ao que vier...

...e que venham os novos raios de sol...

...e, se não vierem, que sigamos em busca dele.


*Ouvindo: Reversi - Sol