21 novembro 2006

"Acorde, jovem rapaz..."


É, depois de um sono de mais de um ano e meio, já fiquei mais de uma semana longe daqui...
Só sei que essa semana inteira que passou foi bem complicada, por conta de diversos fatores.

Fatores que tornaram essa semana muito intensa em muito sentidos, mesmo até agora não tendo feito nenhum sentido real até agora pra mim.
A gente quer fugir da realidade, às vezes a qualquer preço, e depois viu que pagou caro de certa forma.

Não tão caro assim... Na verdade, nem foi fugir assim da realidade... Mas foi transformar em tédio cada situação e detalhe que servem, ironicamente, para fugir do tédio.
E nessa hora a gente não entende mais nada. Toda a diversão da semana durou tempo suficiente para formar uma pergunta na minha cabeça: estou vivendo a vida como se deve - ou melhor, como eu sempre quis - ou estou me distraindo dela?

Foi engraçado vir isso tudo exatamente depois de eu recomeçar o blog... Afinal, uma das principais razões dessa minha volta é mesmo uma volta às minhas atividades que eu mais fico satisfeito, por me sentir produzindo algo de certa forma... A vontade de escrever, de ler obras diferentes, de aprofundar alguns estudos na faculdade... E tudo isso esvaiu-se minutos após o início da segunda-feira (dia 13/11), e só foi voltar, frágil, agora.

Aproveito pra colocar um dos meus últimos textos aqui. Representa ainda mais a idéia de ciclo, independente do clímax atingido ou do tédio constante. Tudo, uma hora, se dissipa em risadas, bocas macias, copos cheios e em todo o clima local de euforia. E depois tudo volta de novo e de novo...

O texto começa propositalmente com reticências, mas já digo desde já que não falarei tanto delas no futuro quanto falo agora... Vou dar todo o tipo de ênfase nesse momento pra não precisar ficar explicando todas as próximas vezes...

Espero que gostem...


"...vai passar.
A nuvem cinza eu sei que ainda está aqui e ainda traz a chuva forte, pra alagar o peito que só clama alto por viver, e sempre tenta adivinhar "até quando esperar?" se tudo o que queremos não depende de ninguém além da gente, pra dar certo e fazer a gente perceber quem de nós é de verdade indiferente a ponto de deixar fluir essa neblina espessa e não querer fugir, e então partir agora, já que o coração tá quase explodindo e vai querendo, assim, nos ver andar no meio dessa massa e gritar até perder a voz, perder o olhar e, então, chorar, pois tudo foi apenas uma onda diferente da que a gente vê, quando esse horizonte longe chega até nossas retinas que, de tão cansadas, se contraem e se ofuscam com o raio de luz que escapa desse céu, que sabe que toda essa dor não..." (REPETE IMEDIATAMENTE DO COMEÇO)

Beijos e abraços...

*Ouvindo: Mad Season - Wake Up

4 comentários:

Anônimo disse...

A cada post me conformo menos.. TODO post, TODO TODO TODO post seu, tem alguma coisa q parece q dá um toquezinho no coração e fala "psiu!"...

rs..
É muito foda... Fico REALMENTE feliz de ver vc postando...

Ah, e só pra marcar posição, a "trilha sonora" melhorou bastante neh... eheheh XD

Bjaum!!

Anônimo disse...

cíclico.
e volta ao começo do comentário. Após repetir 47 vezes, pula para a próxima linha:
dores são intrínsecas à condição humana (com certeza esta frase não é minha, mas concordo).

Anônimo disse...

eu já tinha lido esse texto no seu orkut e tinha achado mto foda
e tbm achei mto foda o comment do luiz, hehe
mas, além de comentar os comentários alheios, eu vim dizer q segui o seu exemplo e tbm fiz um blog novo, haha
beijo!

Anônimo disse...

Além da rica reflexão que vejo em seus textos, fico muito admirado com a figuaração que é feita de imagens, sensações etc. São realmente muito belas.
Também acho interessantíssimo, uma sacada e tanto, esse grifo que você dá em conceitos e palavras. Ainda não me sinto preparado pra discorrer sobre eles, mas acho muito legal.
Bem notado pelo Luiz esse lance da dor como condição humana, quem fala dela é o budismo, o qual estou praticamente de total acordo.
Talvez a grande função desses textos essencialmente auto-reflexivos seja enxergar essas condições e encontrar a maneira com a qual o sujeito se posta diante dela.

Abraço, gatsenho!